Monday, April 03, 2006

Pena de morte?


Parece-me absolutamente evidente que a justiça portuguesa está obsoleta e desprovida de qualquer verosimilhança com aquilo que se desejaria para o mesmo.Trago aqui o meu desabafo e exteriorizo neste adequado espaço o meu ponto de vista acerca desta temática que tanta discussão oferece,limitando-me a requestionar as leis vigentes e a tomar partido daqueles que defendem a punição extrema como forma de justiça a quem pratica actos hediondos,sórdidos e despravados de qualquer referência ou conteúdo moral..Vide o bárbaro exemplo da pobre Vanessa e outras que coabitam este mundo que devia ser tão nosso,que castigo merecem aqueles energúmenos,o prazer da vida ainda que engaiolados pouco + que meia dúzia de anos e depois em liberdade e eventuais partidários de actos semelhantes? Em que mundo vivo eu,no mesmo em que se verifica tanta conivência com estas crueldades? Perdoem-me se quiserem ou puderem,mas quem se revela com tão imorais atitudes não merece desígnio diferente...

4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Pena de morte penso ser um pouco demasiado, pois quem somos nós para retirar a vida a quem não lha podemos dar caso venhamos a descobrir que foi tudo um gravíssimo erro?
Agora acumulação de penas, isso é outra história, não é o mesmo acto alguém que mata 1 pessoa adulta com o acto de assassinar uma criança. Nem matar 2 pessoas adultas. Sim, cada um merece uma segunda oportunidade, mas daí a darem 10 anos de cadeia a alguém que mata, para depois esta ver a pena reduzida para 5 anos por bom comportamento e ao fim de dois estar qualificada para receber uma amnistia presidencial (e falo sem total conhecimento de causa claro), é vergonhoso. Aliás a própria amnistia é vergonhosa, onde já se viu libertar criminosos só porque parece ser um acto de misericórdia?? E o resto da população, que raio de misericórdia é que recebe quando esses assassinos e pirómanos decidem divertir-se mais uma vez?!?
É assim o nosso 'querido' Portugal...
Pedro Coelho

Monday, April 03, 2006 5:50:00 PM  
Blogger ET said...

Percebo a tua perspectiva e também eu coloco muitas reticências na fiabilidade e credibilidade da justiça,mas num hipotético cenário em que se conclui sem quaisquer dúvidas que um indíviduo é culpado de um acto infame,será demasiado privá-lo daquilo que obstou a outrém? Há crimes e crimes,cada caso deveria ser sempre analisado sob a perspectiva do mesmo,mas não seremos nós + coniventes e espectadores do que propriamente justiceiros e actuantes? Todos sabemos que a amnistia não particulariza mas antes generaliza,tomando também ela a forma de criminosa pois é inadmíssivel qualquer redução de pena por bom comportamento,clemência ou compaixão por um próximo que atentou contra valores morais e humanos e que muito honestamente feriu sobremaneira todos os que amam e se regem por esses mesmos valores.Orgulho-me de fazer parte da estirpe daqueles que sentem e choram,daí me insurgir e deplorar aquilo a que chamam justiça,pois a mesma não é reveladora de equidade

Wednesday, April 05, 2006 2:47:00 AM  
Anonymous Anonymous said...

Exactamente, concordo com tudo!
O que vai de encontro à minha opinião pois o problema é exactamente a palavra "fiabilidade". Não existe nem nunca existirá a certeza absoluta de nada. Mesmo as ciências exactas falam em absolutismo relativo e criam factores de ponderância desde muito cedo nas matemáticas, como "erro relativo; erro absoluto", até aos modelos mais recentes da Mecânica Quântica, com a "Incerteza de Heisenberg" (http://www.aip.org/history/heisenberg/p08.htm). Já para não falar que o surgimento da identificação por ADN, etc, permitiu saber que foram condenados inúmeros indivíduos inocentes, que com os conhecimentos da altura eram "100% culpados". Mais, mesmo o que "vemos" da realidade não é a realidade mas sim o que inferimos dela através dos nossos sentidos e raciocínios. E quem mais está sujeito ao erro e à incerteza do que o próprio ser humano? Se a nossa própria percepção está sujeita a inúmeras formas comuns de distorção e ilusões, como se pode ter a certeza de algo?
Ora sem certeza, não se pode fazer um julgamento imparcial, pois estamos a incorrer numa omissão de factos involuntáriamente; o que não seria tão grave se não fosse para aplicar uma pena absolutista; pena essa que não podemos aplicar sem nos tornarmos nós próprios culpados e criminosos de assassinato por negligência, pois qualquer análise cuidada está desprovida dos factos reais!

Pedro Coelho

Sunday, April 09, 2006 6:11:00 AM  
Anonymous Anonymous said...

What a great site » »

Sunday, February 04, 2007 10:53:00 PM  

Post a Comment

<< Home


Music Video Codes By Musicjesus.com